Eu gosto das bebidas. Não gosto do modo como elas te consomem.
Não gosto quando elas te fazem gritar comigo. Me irrita.Me magoam.
Não gosto de dizer coisas.Mas preciso, me entende?
E se eu disser que eu nunca sei mesmo a direção?
E se eu disser que toda vez que eu achei que ia acertar,na verdade
só arrisquei? Você ainda ia querer? Diz.
Eu seria ainda o que sou pra você?
E se eu disser que eu nunca soube nada da minha vida, que eu
sempre deixei tudo passar por mim e as vezes ia, as vezes não ia,
dependendo do gosto do café. Você ia querer?
Será que ia mesmo?
Minha vida é correr contra os carrinhos na montanha russa,
esperando vencer o impossível e não ser levada outra vez
para trás. Você entende? Ainda assim quer? Pensa....
Eu não sei nada. Só sei ser assim. Eu sequer me entendo.
Ninguém esqueceu a sombra do meu quarto.
Ainda assim eu fugi.
Niguém passou com pressa por mim.
Eu sempre fui...
Sempre passei...
Sempre acreditei em minhas próprias histórias.
E nunca dormi.
Sempre vi tudo chocoalhar meus cabelos e me deixei
levar. É isso? Nunca morei em uma só casa.
Nunca fiquei em um só plano.
Nada concreto.
Só correr contra a brisa pra sentir o gosto da
chuva na boca. Nunca cresci. Agora perdi o trem.
E ele não pára mais pra mim.
E se eu te dissesse que faço todas essas besteiras
porque te amo?
Você iria me querer pra sempre?
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