segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Não mais.


A mesmisse do dia-a dia me deixa impaciente.
A solidão faz eco nos outros cômodos.
Faz vazio no meu peito.
Eu respiro e inspiro, e a dor vem.
São tantas dores e faltas que já perdi a conta.
São tantos medos e anseios que já nem sei mais.
Vivendo sozinha, esqueço muita coisaque já me
foi importante. Tento desenvolver uma maneira
própria de viver, coisas que não entedemos acabam
indo pro fundo de nosso pequeno baú de memórias.
É difícil ter que reaprender tudo em tão pouco tempo
e depois ser largada para caminhar com as próprias
pernas novamente.

domingo, 22 de agosto de 2010


Eu perco o sono e choro,sei que quase desespero, mas não sei porque.
A noite é muito longa e eu sou capaz de tantas coisas que eu não
quis fazer. Será que alguma coisa nisso tudo faz sentido?
A vida é sempre um risco, e eu tenho medo do perigo.
Lágrimas de chuva molham o vidro da janela,mas ninguém me vê.
O mundo é muito injusto e eu dou plantão dos meus problemas
que eu quero esquecer. Será que existe alguém ou algum motivo
importante que justifique a vida, ou pelo menos esse instante?

terça-feira, 3 de agosto de 2010

dia-à-dia.

O relógio não passa. O tédio domina. Os barulhos do teclado irritam.
O telefone tocando toda hora,atormenta. O ar é bom. É gelado.
Assim como o café da recepção. Coisa horrível.
Centenas de pessoas passam por mim. Umas sorri. Outras tem
o rei na barriga. Grande merda ter um diploma. Eu devo ganhar
quase a mesma coisa que você. Pessoa escrota.
Vontade de rir, de repente. Impossível segurar. Mas tenho.
A voz dele parece da Rogéria. imagino ele falando chiclete.
Ainda são 10:32. Faltam menos de meia-hora.
Ir ou não ir no outro. Ficar ou não ficar moscando.
Estou sem unhas. Impaciência. Assistência Sindical, o caralho!
É tudo um meio do governo roubar dinheiro dos trabalhadores.
Hipocrisia. Cigarro na cabeça. Não pode fumar nas
dependencias do prédio. Não pode sentir o cheiro.
Não pode nada. Queria ir pra Minas gerais. Queria um abraço.
Queria rir da tua cara de bobo. A semana não passa.
O salto da 'cruela' pra lá e pra cá. Não sabe nem combinar
a própria roupa. Fala,fala e fala. Não sabe nem pronunciar
o plural. "Os computador". Pessoa burra, fugiu da escola.
A rotina é assim. O meu tedio é assim. E o relógio não corre.
Só mais alguns minutos. Até amanhã. Cigarro enfim.